sexta-feira, 29 de julho de 2011

Meu Ideail Seria Esvrever... - Rubem Braga

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse -- "ai meu Deus, que história mais engraçada!". E então a contasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria -- "mas essa história é mesmo muito engraçada!".

Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher bastante irritada com o marido, que esse casal também fosse atingido pela minha história. O marido a leria e começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse conhecimento da história, ela também risse muito, e ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem os dois a alegria perdida de estarem juntos.

Que nas cadeias, nos hospitais, em todas as salas de espera a minha história chegasse -- e tão fascinante de graça, tão irresistível, tão colorida e tão pura que todos limpassem seu coração com lágrimas de alegria; que o comissário do distrito, depois de ler minha história, mandasse soltar aqueles bêbados e também aqueles pobres mulheres colhidas na calçada e lhes dissesse -- "por favor, se comportem, que diabo! Eu não gosto de prender ninguém!" . E que assim todos tratassem melhor seus empregados, seus dependentes e seus semelhantes em alegre e espontânea homenagem à minha história.

E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil maneiras, e fosse atribuída a um persa, na Nigéria, a um australiano, em Dublin, a um japonês, em Chicago -- mas que em todas as línguas ela guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que no fundo de uma aldeia da China, um chinês muito pobre, muito sábio e muito velho dissesse: "Nunca ouvi uma história assim tão engraçada e tão boa em toda a minha vida; valeu a pena ter vivido até hoje para ouvi-la; essa história não pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou que já estivesse morto; sim, deve ser uma história do céu que se filtrou por acaso até nosso conhecimento; é divina".

E quando todos me perguntassem -- "mas de onde é que você tirou essa história?" -- eu responderia que ela não é minha, que eu a ouvi por acaso na rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal começara a contar assim: "Ontem ouvi um sujeito contar uma história...".

E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda a minha história em um só segundo, quando pensei na tristeza daquela moça que está doente, que sempre está doente e sempre está de luto e sozinha naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.

domingo, 24 de julho de 2011

Foi assim como ver o mar, a primeira vez que meus olhos se viram no teu olhar!!


É com esse título MEIO que nada a ver começo a falar um pouco de como foi a noite de ontem, já que minha agendinha tava com pouco espaço, pois além de ela ja ter a folha pequena, o espaço que existe para escrever sobre um dia é menor ainda ( cry, ano que vem minha agenda vai ter uma folhinha maior, eu tenho fé) e de queda tive que colar um pedaço do ingresso e um adesivo... não escrevir quase nada. Tenho que registrar aquele momento.
Já sai de casa cantando. "chuva de prata que cai sem parar..." poxa veio! tava chovendo =/ sabe como é, né. meu cabelo não estava nem um pouco à prova d'agua. ( juli, desculpa ter desistido de fazer farmácia ou química industrial, nossos cabelos parece que vão continuar assim pelo resto de nossas vidas, enfim...)
Fui na casa de Juli, cheguei lá "menina, num queres passar uma sombra, não?? eu tenho uma sombra aqui que é pretíssimaa" ai eu.. tá certo, me dá ai. (na verdade eu fico meio "assim" quando vou passar sombra, pelo fato de não saber a coisa direito e ainda mais era pretaa,... jesus!!! Enquanto me pintava, Raonne chegou. Depois de alguns minutos de conversa com seu galego, Gigi teve de se despedir. Saimos.
Quando chamos no Chevrolet, ainda estava chovendo, mais fraco, mas ainda chovia e, enquanto Raonne comprava seu ingresso com os cambistas, Juli e eu tivemos a grande ideia de ALUGAR UMA SOMBRINHA!! Veja que tecnológico! ESSA PARTE FOI ENGRAÇADA!! À caminho do local de onde aconteceu o show, a moça que nos alugou "el paráguas" soltou uma máxima "RICO NUM VAI PRA PISTA NÃOOOOO, RICO VAI PRA CAMAROTE!!!" Mesmo sabendo que essa frase não dita para mim, (foi para uma mulher que a tratou mal de alguma maneira) eu me senti tão pobre!! eu ri, viu!! (Juli, um dia a gente vai ter dinheiro pra ir pra mesa, eu juroooo!!kkkkk)
Ficamos um tempo esperando Luis resolver aparecer e depois entramos *.*
Não demorou muito e Guilherme Arantes entra todo cheio de charme colocando a galera pra dançar. Quer dizer... Para ser mais especifica: Elias Cover, pra dançar!! Aquele veio era muito engraçado, meu Gesus. enfim 2.
Até que a "balança comercial" dessa apresentação foi favorável. Cantamos mais músicas que imaginávamos =D Quer dizer... Juli, Raonne e eu, né... pq Luis... kkkk não vou comentar para que ele não se sinta ofendido ;D
E finalmente, vamos para a parte do show de Roupa Nova!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAA foi lindooooooooo, cantamos (gritamos) muitoo, nos emocionamos, rimos. aaaaaa.
Eles São Tão Lindos!! *.*
Adorei tudo =D
Fiquei muito feliz, apesar de ja saber como o show ia ser já que vi o DVD milhares de vezes. Ao vivo não tem comparação!!! *.* foi ótimo!!!!! amei!! =D
Todas as músicassss!! *.* só faltou Amor de Índio, mas tudo bem...
E quando Serginho disse aos seguranças que deixassem os fãs tirarem fotos mais de perto... Poxaaaa... ai, ai.. =D que lindooooooo aaaaaaaaaa
Chega de histeria.
Agora só Lembranças.
;D

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ctrl C, Ctrl V.


Poxa, estava lendo alguns textos de Clarice aqui na internet e reli esse trecho. É, eu já o conhecia!! Até já o havia colocado em minha agendinha azul do ano passado. Gosto dele. Acho interessante e digo até que me identifico um pouco. Sei lá...

"Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e firo facilmente.
Também sou muito calmo e perdôo logo.
Não esqueço nunca.
Mas há poucas coisas de que eu me lembre."

enfim,


vou procurar um médico.