sábado, 25 de setembro de 2010

Texto roubado do blog de Renatinho.


Renatinho, me desculpe pela INTROMISSÃO... estava olhando o seu blog, li o texto e gostei. Me identifiquei em algumas partes e resolvi te furtar.

"Tento dizer a mim mesmo que não preciso disso, que não preciso receber em troca e que simplesmente juntarei meus pedaços. Sento num plano mais alto e me aquieto silenciosamente pra apreciar o mais belo da noite, a lua em meio a toda aquela escuridão e nuvens carregadas de nostalgia, faltam poucos minutos pra meia-noite e eu estou tentando falar com o tempo. Meu coração parece estar em paz comigo agora e como se fosse um amigo ele fica dizendo não minta para mim, não minta, eu sei que você precisa, mas eu continuo dizendo pra mim mesmo que não preciso disso. Talvez esteja negando uma verdade dentro de mim, mas o caso é que tento tapar um vazio que eu não posso, não choro por isso, apenas sinto um conformismo derrotado. Também não posso pedir para alguém fazê-lo, é preciso que alguém queira, que perceba que meu sorriso esconde necessidades. No caminho que escolhi ser não era pra eu ter necessidades, para sentir faltas, muito menos dores... nunca vou poder pedir ajuda mesmo querendo ser ajudado, nunca vou poder pedir amor mesmo querendo ser amado. Os pequenos detalhes me entregam, porém não há quem os veja... Me sinto invisível sentimentalmente como a sombra no sol."

Estou tentando mudar minha maneira de olhar o mundo e de interpretar certas situações, mas por mais que tente e que finja, eu sei que isso é muito dificil pra mim. Adoraria esquecer isso definitivamente e voar para outro mundo, onde viver fosse mais fácil.
Hum... pensando bem... acho que não.
Pessoas sem memória = Pessoas sem história.
Preciso de histórias, de muitas histórias, de ouvir histórias, de contar histórias, de viver histórias... Talvez isso me conforte.

domingo, 19 de setembro de 2010

EPIGRAMA n° 8

(Cecilia Meireles)
Encostei-me a ti, sabendo bem que eras somente onda.
Sabendo bem que eras nuvem, depus a minha vida em ti.
Como sabia bem tudo isso, e dei-me ao teu destino frágil,
fiquei sem poder chorar, quando caí.

[...]


As vezes me pergunto "o que ainda estou fazendo aqui parada?" Vejo a vida passar e minhas pernas ainda estão estáticas. Não consigo entender o motivo. Pensei, repensei... e nada. Bom, acho que não posso considerar como somente "nada", visto que , apesar do que tenha havido, me sinto maior e até superior (algumas vezes). Sei que essa palavra pode soar mal aos seus ouvidos, mas me entenda, sou uma criança e não conheço muito da vida.
Neste lugar onde estou, algumas tardes são escuras e frias. Me sinto sozinha, embora veja muitos rostos. Fui esquecida pela tarde. Eu sei disso. Mas ainda estou aqui, de malas prontas, confesso, me deixando reviver momentos em que o sol radiava e a sombra que existia, era só da copa da árvore que me sentava embaixo para ver o tempo passar. Preciso ir. Até logo.